PROPOSTA DE SUSTENTABILIDADE
TERRITÓRIO DOS PDAS DE FORTALEZA
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE SUSTENTABILIDADE TERRITORIAL;
UOP FORTALEZA/CE
OUTUBRO DE 2010
- JUSTIFICATIVA.
O território de atuação dos PDAs de Fortaleza composto pelo Grande Jangurussu, Ancuri e Planalto Airton Senna pertencem a área Administrativa da Regional V e VI, compõem a maior área territorial de Fortaleza, com mais de 30 bairros, e é detentora do primeiro e o segundo menor Índice de Desenvolvimento Humano por Bairro (IDMH-B) - 0,462 - das seis regionais que dividem Fortaleza. O valor é abaixo da média da cidade, que é de 0,508. Aqui também se encontra o maior número de bairros com baixo IDHM-B, num total de 15. Quanto mais o IDHM-B se aproxima de um, melhores são as condições de vida do local. No território da Regional V e VI e está concentrada a maior quantidade de áreas de riscos e é considerado a região mais pobre da capital cearense. Nesta região destacam-se os seguintes dados:
§ É a área onde se concentra a maior quantidade de áreas de riscos da capital cearense;
§ O Jangurussu sozinho possui a maior quantidade de habitantes da região: 72.791 moradores, com representação na ordem de 14, 60% do total da regional;
§ So o Grande Jangurussu e Ancuri estão localizados na Região Administrativa VI (SER VI), que ocupa 40,20% do território da cidade;
§ O Jangurussu e Ancuri, estas duas regiões onde estão situados os PDAs vida deCriança, Sonh de Criança e Pda Pantanal tem uma população superior a 500.806 habitantes apesar deste número é a que apresenta na cidade de Fortaleza o maior número de vazios urbanos o que favoresse a expansão da cidade para este território;
Compreendemos este Território como uma ação coletiva de distintos sujeitos com objetivos comuns e não somente como espaço geográfico; É neste espaço concreto, de intervenção onde aglutinamos as mais variadas alternativas de intervenção para a mudança da realidade local.
Neste sentido afirmamos a necessidade do território possuir uma estratégia para potencializar as ações de enfrentamento aos problemas supra citados, por conta disso junto com os parceiros locais, estamos propondo uma coordenação de INTEGRAÇÃO territorial para potencializar a relação de parceria com as OG, ONGs, empresas e universidades, a intenção é habilitar os PDAs para que um maior número de parceiros possam somar forças na intervenção da realidade do território de atuação dos PDas em Fortaleza garantindo assim uma maior diversidades de ações desenvolvidas com as crianças, adolescentes e jovens.
2. CONTEXTO LOCAL
Fortaleza é uma das 15 cidades mais ricas pelas referências do PIB no Brasil, ainda que considerada pela ONU como uma das 20 cidades mais desiguais do mundo (Fonte: Jornal O Povo,19/03/ 2010). Baseada nesses dados é que nos desafiamos a pensar em estratégias de desenvolver ações sociais que minimizem as conseqüências das desigualdades sociais com articulações empresariais e governamentais juntamente conosco - a sociedade civil organizada.
Sabemos que a área metropolitana de Fortaleza possui um campo fértil para investimentos sociais, uma vez que vivenciamos o desafio e ao mesmo tempo a oportunidade de muitas empresas e 8.002 indústrias (Fonte: Fortaleza em Números 2008) estarem iniciando seus setores e departamentos de Responsabilidade Social, e , quanto ao Estado, em Fortaleza, vivenciamos numa gestão de participação da sociedade civil organizada no diálogo, monitoramento e até na execução de programas e projetos sociais de interesse social a partir de Editais públicos, acesso a emendas parlamentares ou mesmo nos incentivos fiscais que o Estado possibilita para as Organizações Não Governamentais dialogarem com o Setor privado.
Esses diálogos e parcerias possibilitam uma base forte de sustentabilidade local, uma vez que a crise econômica mundial 2008-2009 com decorrente redução de orçamento; a mudança de prioridade e/ou interesse para outras regiões do Globo, o alto nível de desenvolvimento econômico e social brasileiro, a mudança da estratégia de atuação da organização, o maior potencial de captação interna e possibilidade crescente de auto-sustentabilidade do campo social brasileiro, e o alcance dos objetivos com melhoria da problemática trabalhada tem sido os principais motivos para a diminuição de investimentos estrangeiros para nossa nação e região. (VARGAS, 2010).
Refletindo por um horizonte mais simplista, mas real, percebemos que, quem conhece a situação social é quem convive e a ver diariamente, sentindo suas necessidades não apenas relativo à fome, desemprego e a violência, como – num olhar empresarial – na condução da variável do consumo pela população, sendo este um bom argumento para o fortalecimento e crescimento de investimentos sociais internos numa perspectiva de contribuição social para um desenvolvimento integrado e sustentável.
Neste sentido, observa-se uma tendência ao crescimento da captação interna de recursos em substituição aos recursos provenientes do exterior. A maior possibilidade de captação interna no Brasil surge como o maior potencial de captação interna e possibilidade crescente de auto-sustentabilidade do campo social brasileiro, mais freqüente de diminuição ou retirada de recursos, bastante atrelada ao reconhecimento do alto nível de desenvolvimento econômico e social brasileiro, justificando a priorização de outras regiões do globo menos desenvolvidas.
Diante disso, e percebendo o potencial que a área metropolitana de Fortaleza nos desafia é que apresentamos o Plano Estratégico de Sustentabilidade do Território da UOP Fortaleza- CE.
3. PRINCÍPIOS
• Uma causa não se vende;
• Marketing não é só venda;
• Comunicar não é apenas repassar informação
• Mobilizar não é só captar
• Excelência Profissional não se limita a competência
• Articular não é apenas aglutinar parcerias.
Faz – se necessário entender, valorizar e maximizar as relações de trocas !
4. POTENCIALIDADES
• Implementar Fundo Próprio;
• Ampliar Patrocínio
• Mobilizar Receitas Não Vinculadas - Bens materiais, investimentos financeiros e serviços de empresas;
• Monitorar Editais de secretarias locais do governo municipal, estadual e federal; de Fundações e Institutos locais e Internacionais, embaixadas
• Participar de Premiação e Conquista de Títulos
• Mobilizar Doações diversas;
• Mobilizar Financiamentos via Fundos , Leis de Incentivo ( Mecenatos )
• Realizar Campanhas eventos Filantrópicos;
• Mobilizar artistas e personalidades;
• Implementar política de Relações Institucionais;
• Reduzir a contribuição anual da Visão Mundial na manutenção das ações PDAs.
5. ESTRATÉGIAS
· Definindo planos e prazos exeqüíveis;
· Implementando e animando uma rede de parceria;
· Garantindo uma gestão otimizada;
· Fazendo-se conhecer, comunicando e sensibilizando;
· Sendo ético, honesto e transparente;
· Mostrando resultados através de pessoas realizadas, felizes. E participastivas.
6. DESAFIOS
· Capacitar e envolver os atores estratégicos do PDAs no processo de mobilização de Recursos
· Sensibilizar Empresas que ainda não possuem a visão de Responsabilidade Social e Sustentabilidade para aderirem a proposta de investimento social;
· O mercado pode demorar algum tempo para dar respostas efetivas de Parceria;
· Muitas empresas adotam o desenvolvimento sustentável no seu entorno, o que facilita se existe um PDA por perto dela, ou dificulta o investimento, caso contrário.
· Feed back para as empresas das ações em tempo hábil quando os investimentos vêm pela via do Incentivo Fiscal, uma vez que o repasse dos recursos demoram a chegar na entidade parceira;
· Construir e Implementar uma política de parceria junto aos fornecedores dos PDAs visando fomentação de um fundo territorial.
7. GESTÃO.
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O Monitoramento da execução do Plano de Sustentabilidade no território será realizado pelo colegiado do território e pelo comitê de CAJ’s ;
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O Monitoramento do Plano de Trabalho será realizado mensalmente nas reuniões com o colegiado das Coordenações dos PDAs e representação dos CAJs onde será apresentada a agenda e relatório mensal.
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Trimestralmente serão realizados avaliações do processo de execução para ajustes e encaminhamento das demandas do território;
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As Proposta, projetos e demandas do território serão encaminhados dependendo da especificidade local, em nome de uma das agencias parceiras.
8. METODOLOGIA ESTRATÉGICA
A proposta é que a Coordenação desempenhe o papel de facilitador do processo de INTEGRAÇÃO das ações de Sustentabilidade, potencializando as ações dos PDA’s no território através de quatro eixos de atuação.
1. Excelência Profissional
2. Articulação Sócio política
3. Comunicação e Marketing
4. Mobilização de Recursos
9. EIXOS ESTRATÉGICOS
Eixo 1 ( QUERER ) - Excelência Profissional
- Estimular e qualificar as agências parceiras na execução ótima de suas ações e do plano de sustentabilidade a curto, médio e longo prazo.
Eixo 2 – ( PODER ) Articulação Sócio Política
- Mobilizar políticas públicas para o território através do exercício do controle social nas principais instâncias de representação de forma propositiva
Eixo 3 ( SER ) - Comunicação e Marketing
- Garantir visibilidade e notoriedade ás ações desenvolvidas no território atravé do fortalecimento e implementação de estratégias de comunicação e Marketing.
Eixo 4 – ( TER ) Mobilização de Recursos:
- Ampliar e diversificar as fontes de financiamento , alcançar a sustentabilidade através do exercício das competências e potencialidades das agências parceiras.